Boa tarde galera, este post é o primeiro de muitos dessa nova coluna que estou criando no blog, "Uma vida Colorada". Nela eu vou postar situações e momentos da minha vida relacionados ao Inter, descrever minha emoção de estar no estádio nos principais jogos, nas derrotas mais tristes, nas vitórias inesquecíveis, ou seja, contarei sobre minha vida colorada. O banner é provisório, estou com cara de sei lá o que, mudarei em breve. Vamos começar então, no clima da Libertadores, contando o meu dia sem fim do dia 16 de agosto de 2006.
Naquela época eu trabalhava em um shopping e hotel de Porto Alegre, eu estava ansioso com o jogo, era o jogo mais importante da minha vida, quando soube que a Taça da Libertadores ficaria hospedada no hotel que eu trabalhava, sim foi alugado um quarto apenas para a Taça, colocada em um pedestal no meio do quarto, eu fiquei muito eufórico, pois iria vê-la de perto antes do jogo. O trio de arbitragem também estava no hotel, a Conmebol inteira estava lá, ou seja eu já estava vivendo o clima do jogo dentro do meu próprio trabalho.
Tive a oportunidade incrível de tocar na Taça na tarde da final, eu não disse tchau, disse "até logo", tinha certeza que ela não sairia tão cedo de Porto Alegre.
Eu estava muito feliz, mas na mesma tarde eu entrei em pânico, quando vi a diretoria do São Paulo tomando café com o trio de arbitragem no saguão do hotel, aquilo pra mim pareceu uma morte anunciada, será que o jogo estava sendo negociado? Por que o Fernando Carvalho não foi convidado para aquele café? Isto me deixou muito intrigado, mas felizmente o título foi nosso.
Sai as 16h do trabalho e as 17h já estava no Beira-Rio, assim como milhares de irmãos vestidos de vermelho e branco, confraternizei com a torcida adversária, pois sim somos torcidas amigas (Inter e São Paulo), o policiamento não impedia o contato entre torcedores, o clima era de festa, todos jogos bebendo, comendo no verdadeiro clima de "que vença o melhor".
Assim que os portões se abriram eu entrei, eu e meu amigo (também blogueiro do Saci do Inter) Daniel, nos tornamos sócios juntos durante a Copa do Mundo daquele ano, e até hoje vamos sempre juntos nos jogos. Fomos uns dos primeiros a entrar, podiamos escolher o lugar, mas ficamos de pé na mureta da superior, na diagonal da bandeirinha de escanteio onde o Clemer havia desviado aquele chute contra a LDU. Ali era o nosso lugar, havíamos acompanhado toda a Libertadores daquele lugar, e seriamos campeões ali.
As horas se passaram até o início da partida, não irei contar sobre o jogo, pois podem ter certeza, eu lembro de cada segundo, mas irei contar fatos. Eu me lembro de um papai noel colorado que me desejou sorte quando comprei um refrigerante, me lembro que após o gol do Fernandão eu falei que iriamos fazer mais 3 gols, me lembro das minhas lágrimas escorrendo no gol do Tinga, o mais engraçado que quando o Tinga fez o gol, um cidadão de no mínimo 200kg, desceu a arquibancada correndo, gritando, chorando, apenas para me abraçar e dizer "É Campeão", foi engraçada a cena, pois ali eu estava vendo que não existia 60mil desconhecidos no estádio, existia 60mil integrantes de uma mesma família, a Família Colorada, que sofreu muito na década de 90 e que agora estava sorrindo, chorando de alegria, me arrepio só de lembrar.
Quando acabou o jogo eu abracei meu amigo e logo após me sentei em uma cadeira, e com a cabeça baixa, olhando para aquele cimento frio e molhado da chuva eu despejei minhas lágrimas agradecendo a Deus por aquele momento, quando ergui a cabeça novamente vi o "menino de ouro" Rafael Sóbis correndo com o bandeirão, a ficha tinha caido naquele momento que "EU ERA CAMPEÃO DA AMÉRICA".
Quarta-feira irei reviver tudo de novo, terei orgulho de contar aos meus filhos e netos que eu estive lá nos dois títulos da Libertadores, que eu chorei sobre aquela pedra fria da arquibancada, que eu VIVI AQUELA HISTÓRIA...
Espero que tenham gostado do meu relato, me emociono lembrando.
Abração,
Felipe
2 comentários:
Esta noite de (16/08/2006)foi muito especial para todos nós colorados,
e agora na proxima quarta feira (18/08/2010) vamos reviver todo estes belos sentimentos novamente.
Muito bom o relato!!!
É difícil ler uma história sobre a final daquele ano e não se emocionar. Lembro de cada detalhe daquele dia, desde o instante em que abri os olhos pela manha pra ir pra aula até a saida do estacionamento do beira rio as 4 da manha. Quarta vamos reviver tudo novamente. VAMO INTER!
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