EU ACREDITO SEMPRE NO MEU COLORADO!

Quando iniciou a Libertadores 2010 eu ainda estava bastante receosa. Não sei, mas Fossati não inspirava confiança. Passada a primeira fase, me animei e achei que podíamos ser campeões. Mas ainda sentia aquele velho temor, será que ficaremos no caminho? Será que a maldição de 89 ainda ronda o Beira-Rio? Este medo que eu havia abandonado em 2006 retornou com força máxima. Eu tinha que me livrar dele, mas as coisas não andavam bem. Prometi a mim mesma, esse ano eu enterro este sentimento. Eu estava lá em 89, e posso dizer que foi um dos momentos mais frustrantes da minha vida e o medo de senti-lo novamente me perseguia. A mudança de técnico mexeu comigo. No começo, a velha rejeição ao Celso Roth, mas junto a esperança de que,  assim como o Abel em 2006, chegara a vez de Celso e nada melhor que o Inter para ajuda-lo. Durante a Copa do Mundo decidi que iria a São Paulo. E eu estava lá, no lance, que com certeza, foi o mais triste para o goleiro Renan. Não consegui (e também não podia) condená-lo de forma alguma, e sim sentir a mesma dor que ele deve ter sentido. Não segurei as lágrimas ao vê-lo com as mãos na cabeça, ajoelhado dentro do gol. Mas, “Maktub”, estava escrito. Quando Tinga foi expulso, eu tive a certeza de que estaríamos na final. Mesmo ficando quase duas horas trancados no estádio após o jogo, nada nem ninguém poderia estragar a festa. Eram muitos colorados pulando e cantando. Pude ver torcedores dos oito aos oitenta anos cantando, pulando e até chorando com o feito colorado. São lembranças eternas de uma noite feliz. Hoje enterro o sentimento de derrota que tinha comigo e passo a carregar o lema: EU ACREDITO SEMPRE NO MEU COLORADO!

Um grande abraço,

Melissa

@MelissaSv