Banfield, análise tática

sábado, 24 de abril de 2010

Mais uma vez peço licença ao blog Preleção do clicRBS para postar na íntegra sua análise tática do nosso adversário, no caso agora do Banfield.


Um dos grandes privilégios do convívio em alto nível com pessoas que realmente entendem de futebol é a oportunidade de aprender com elas. Via Twitter, conheci muita “gente boa”, cronistas dedicados, que disseminam informações sobre teoria tática e sobre análises de clubes. Nesta rede de contatos, um dos grandes amigos é Renato “La Bruja” Zanata, torcedor do Estudiantes, criador do blog Bruxas e Leões de La Plata, e colunista do site Argentino FC.
E pelas mãos de Renato Zanata, podemos hoje debater no blog Preleção sobre o Banfield, próximo adversário do Inter nas oitavas de final da Copa Libertadores 2010. Sigam o Zanata no Twitter e coloquem os sites nos favoritos para se manter sempre informados sobre o que acontece no futebol da Argentina.
Sistema tático: o Banfield atua em um 4-4-2 tradicional na Argentina. Segundo a análise de Renato Zanata, o meio-campo tem a disposição semelhante ao losango do Inter. Há um volante central (Battión), na cobertura de ambos os lados, e no bloqueio por dentro, protegendo a linha defensiva de quatro jogadores; em uma segunda linha, dois apoiadores (Quinteros e Rodriguez) conciliam a marcação e o avanço lateral; e na ponta-de-lança, situa-se um enganche central (Erviti), o organizador da equipe, bem ao estilo argentino, distribuindo o jogo e aproximando-se dos atacantes para finalizar.
Estratégia: a estratégia predominante, conforme nos informa o Renato Zanata, é o contra-ataque. Do centro, Erviti busca duas combinações em passes longos na transição ofensiva assim que o Banfield recupera a bola. Na direita, a dupla se forma com Quinteros e com o atacante uruguaio Sebastian Fernandez, destacado pelo zagueiro Sorondo como um grande jogador; na esquerda, a dobradinha conta com Rodriguez e com o artilheiro da equipe no Torneio Clausura 2010 - vice-goleador da competição nacional - Rúben Ramírez. Os laterais apoiam pouco, mantendo a estrutura da linha de quatro jogadores na base defensiva.
Perigo na área: além da saída em velocidade, Renato Zanata também destaca a competência do Banfield na bola parada - os tiros livres, como chamam os argentinos. Erviti é um excelente cobrador de faltas e escanteios. Quando vai bola na área adversária, o zagueiro Victor Lopez costuma ter bom aproveitamento nas conclusões de cabeça.
Destaques individuais: se Sorondo destaca o compatriota Sebastian Fernandez, Renato Zanata traz outros nomes para a pauta dos colorados. O principal é o colombiano James Rodriguez, de apenas 18 anos, que já desperta interesse de clubes europeus.
O movimento preferencial dele é a diagonal do lado para o centro, com bola dominada, em grande velocidade. Isso acontece quando Rúben Ramírez abre pelo lado, arrastando a marcação e abrindo espaço para a infiltração de Rodriguez. Ele também faz cruzamentos para a área, onde o artilheiro Ramírez sente-se à vontade para a disputa física com os zagueiros adversários.
O próprio James Rodriguez, em entrevista capturada por Renato Zanata, avisa que o técnico Julio Falcioni lhe pede para se tornar um “terceiro atacante” nas transições ofensivas, quando aplica as incisivas diagonais em velocidade, enquanto os atacantes se movimentam para abrir espaços. (fonte blog Preleção)

Abração,
Felipe

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